Ordem do Sagrado Manto de São José


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21/08/2021
Guia da boa confissão, sob o amparo de São José



Um passo a passo extraordinariamente luminoso e inspirador para nos reconciliarmos com Deus quando caímos em faltas contra o Seu Amor

Compartilhamos a seguir um guia para nos confessarmos bem, amparados pelo glorioso São José, irrepreensível homem de honra, cumpridor da palavra empenhada, fidelíssimo à sua consciência e ao seu amor por Deus, casto e generoso esposo de Nossa Senhora e pai adotivo carinhoso e feliz do próprio Deus feito homem.

A fonte desse guia da boa confissão é a obra do padre Eusébio Sacristán Villanueva, o “Devoto Josephino“, de 1935. Trata-se de uma preciosa coletânea de devoções em honra de São José.

Naturalmente, na seção de sugestões para o exame de consciência, o livro cita exemplos próprios da época em que foi escrito e deixa de citar circunstâncias que hoje em dia são muito comuns: o leitor saberá adaptar esses exemplos à realidade do nosso tempo. Boa reconciliação!

Guia para a boa confissão

Oração ao Espírito Santo
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações de vossos fiéis e acendei neles o fogo de vosso divino amor.

V. Mandai o vosso Espírito e tudo será criado.

R. E renovareis a face da terra.

Oremos: Ó Deus, que doutrinastes os corações dos fiéis pela ilustração do Espírito Santo, concedei-nos, que pelo mesmo Espírito Santo saibamos o que é reto, e gozemos sempre de sua preciosa consolação. Amém.

Rezemos três Ave-Marias, pedindo a Nossa Senhora a graça de conhecer nossas faltas e de confessar-nos devidamente.

Ave Maria,… Ave Maria,… Ave Maria,…

Oração para antes do exame

Santíssimo e inocentíssimo José, vós sempre guardastes a vossa alma limpa de qualquer pecado, que pudesse manchá-la e ofender a Deus; não fiz eu assim, senão que muitas vezes desgostei sua divina Majestade, ofendendo meu Deus e quebrantando sua santa lei. Perdi meu Deus, pobre de mim!

Como aparecerei em sua presença tão carregado de pecados? Eu não ouso, santo meu de minha alma, senão me acompanhado de vós; acudi-me, pois, vinde em meu auxílio agora que me chego a Sua Majestade para pedir-lhe perdão de meus pecados e obter misericórdia no tribunal da Penitência. Alcançai-me a luz para conhecer minhas faltas, seu número e diferentes espécies. Dai-me conhecimento de meus pecados para que os aborreça e deteste como devo, e inteligência e graça para confessá-los ao confessor com fé, como se me confessasse diretamente com Deus; com humildade como o publicano, reconhecendo o que fiz, e com arrependimento e contrição, de modo que receba o perdão de Deus. Eu vo-lo peço pelo amor que tendes à Santíssima Virgem e ao bom Jesus que eu ofendi. Escutai-me, S. José, pelo Sangue de Jesus.

Exame de consciência:

1º Mandamento. – Passei algum tempo sem rezar minhas orações de manhã e de noite? Falei mal da religião de seus ministros? Li jornais ou livros proibidos? Acreditei em sonhos ou superstições? Consultei a cartomantes ou pessoas suspeitosas? Assisti a algum ato de outra religião? Desesperei de minha salvação?

2º Mandamento. – Jurei sem necessidade? Jurei falso ou coisas más? Pronunciei sem respeito o nome de Deus? Disse alguma blasfêmia ou alguma palavra contra Deus e seus Santos? Cumpri minhas promessas e votos?

3º Mandamento. – Perdi a missa algum domingo ou dia santo? Ouvi-a inteira e com atenção? Profanei o dia santo com divertimentos profanos? Faltei ao respeito no templo conversando, rindo ou fazendo outras coisas inconvenientes ao lugar? Olhei com facilidade duma parte para outra, ou dei olhares licenciosos? Trabalhei sem necessidade nos domingos e dias santos?

4º Mandamento. – Desobedeci a meus pais e superiores? Faltei-lhes ao respeito com palavras, gestos ou acenos desrespeitosos? Deixei de manifestar-lhe amor? Auxiliei-os em suas necessidades e pobreza? Faltei ao respeito aos mestres, anciãos e superiores? Faltei ao respeito e fidelidades aos patrões? Trabalhei com consciência e cumpri exatamente as outras obrigações de meu emprego? Procurei educar e instruir bem meus filhos?  Procurei vigiá-los  e corrigi-los? Verifiquei que companhias frequentavam? Corrigi-os quando não procediam bem? Ensinei-lhes a religião e a doutrinas? Paguei exatamente seu ordenado aos criados e dependentes? Zelei pelo bem de sua alma?

5º Mandamento. – Guardei raiva ou ódio contra alguém? Neguei a fala a alguma pessoa? Fiz alguma coisa para vingar-me de alguém? Injuriei aos outros ou caçoei deles? Desejei algum mal grave contra alguma pessoa? Fiz algum excesso nas comidas ou bebidas? Deixei-me levar da ria em brigas, questões ou disputas? Dei algum escândalo, ou fiz algumas coisas de que alguma pessoa se pudesse escandalizar?

6º Mandamento. – Demorei-me voluntariamente em maus pensamentos? Tive maus desejos? Tive conversações desonestas? Disse palavras obscenas? Fiz algo contra a santa pureza? Deixei-me levar da liberdade em olhar? Guardo comigo estampas ou quadros imodestos? Faltei à modéstia no vestir? Assisti a bailes ou divertimentos perigosos? Cumpri as obrigações de meu estado?

7º Mandamento. – Tirei alguma coisa de outros? Causei culpavelmente algum prejuízo aos outros? Conservo em meu poder alguma coisa achada, sabendo quem é o dono? Pago religiosamente minha dívidas? Gastei em luxo, ou coisas semelhantes, mais do que permitiam minhas posses? Perdi em jogo e outras diversões os interesses de minha família? Restitui o que não me pertence? Deixei-me levar da avareza emprestando com juros injustos?

8º Mandamento. – Fiz juízos temerários? Levantei falsos contra alguém? Falei mal de meu próximo? Murmurei dos outros? Descobri sem necessidade as faltas ocultas de meus próximos? Disse alguma mentira? Levantei alguma calúnia? Fiz mexericos entre amigos?

O nono e décimo mandamentos vão compreendidos no sexto e sétimo.

Reflexões:

Pequei!… Ofendi meu Deus, meu criador e meu Senhor, que sem mérito nenhum me criou e me conserva. Pequei contra meu Senhor, ao mesmo tempo que Ele me dava a vida, a saúde e o corpo com que o ofendia! Os anjos maus cometeram um só pecado de orgulho e sem dar-lhes tempo de penitência, castigou-os Deus no inferno. Nossos primeiros pais fizeram pecado de desobediências, e castigou-os Deus com todos os males que no mundo sofrem os homens: pequei eu e Deus ainda me espera! Pequei contra Deus pai amabilíssimo, digno de infinito amor pelos imensos benefícios que me fez! Com esses pecados fiz que Deus-Homem derramasse suor de sangue no Jardim das Oliveiras! Tornei a crucificar o Filho de Deus com minhas muitas iniquidades! Ah! Alma minha, tu com esses pecados de pensamento aos algozes que deste força pregaram a coroa de espinhos na cabeça de Cristo. Tu com teus pecados de obra, ajudava aos verdugos a pregarem as mãos e os pés de Jesus na cruz! Tu, e não só o soldado, foste quem abriu o coração de Cristo com a lança!… E Jesus ainda te ama, ainda te espera! Ele é o pai do filho pródigo que sai todos os dias procurar-te a ti que fugiste de sua presença com o pecado mortal. Contempla-o na cruz com os braços abertos, que te espera e diz: Meu povo, meu filho, que fiz contra ti, ou em que te contrariei? Respondei-me… Lança-te a seus pés como a Madalena e pede-lhe perdão de teus pecados; humilha-te como David, e dize-lhe: Pequei, Senhor, tende piedade de mim; suplica-lhe como o bom ladrão, dizendo-lhe: lembrai-vos, Senhor, de mim quando chegardes a vosso reino; fala-lhe como o filho pródigo: Pai, pequei contra o céu e contra Vós, não sou digno de chamar-me vosso filho.

Oração para antes da confissão:

Ó meu glorioso Santo e Protetor São José, se nestes momentos não me assistirdes, não sei o que será de mim. Ofendi meu Deus, que em qualquer momento poderia mandar-me a morte, e minha alma para os infernos; ofendi meu Pai, que me encheu sempre de benefícios, revoltei-me contra meu Criador! Que será de mim? Ah! Eu confesso que mereço o inferno, que mil infernos seriam pouca coisa para castigar minha insolência e insubordinação contra Deus! Perdi o céu e sou um condenado desterrado de minha pátria. Ainda fiz pior, meu amantíssimo José, com meus pecados ofendi esse Deus, esse Jesus que vós tanto amais, sim, eu fui quem persegui a Jesus com minhas culpas e vos obriguei a fugir ao Egito: eu, com minhas faltas pisei, oh dor! Esse sangue que Jesus derramou na Circuncisão e na Paixão, eu tornei a crucificar a Cristo dentro de minha alma! Ah! Meu Protetor, eu quereria apagar com meu sangue esses pecados! Quereria desfazer o que fiz, e que não se contassem no número de meus dias aqueles em que ofendi a meu Deus, a vosso Jesus, Vós que podeis tanto com Jesus, conduzi-me a Ele. Conheço que sou a ovelha tresmalhada que fugi do rebanho de Cristo, levai-me Vós a Jesus, quero ser para sempre de seu rebanho. Sou o filho pródigo, mas agora sou já o filho arrependido. Ó Jesus, meu Deus, perdoai-me, não sou digno de vosso perdão, porque pequei muito e pequei por malícia e com conhecimento; mas apesar disso espero o perdão. Vós sois meu pai, perdoai vosso filho que chora suas culpas e vos promete a emenda, sois meu Salvador, não se perca para mim vosso sangue, sois meu Deus, não se perca para mim vosso céu. Escutai como do íntimo de minha alma vos digo o Ato de contrição.

Ato de contrição:

Senhor meu Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes vós quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de vos ter ofendido; pesa-me também porque podeis castigar-me com o inferno. Mas proponho firmemente, ajudado com a vossa divina graça emendar-me e nunca mais tornar a ofender-vos, e espero alcançar o perdão de vossa infinita misericórdia. Amém.

Vai agora confessar teus pecados ao confessor, como se fosses aos pés de Cristo nosso Senhor.

Oração para depois da confissão:

Venho agora, meu querido Pai, cheio de satisfação e júbilo agradecer-vos o benefício que por vossa intercessão consegui nesta confissão. Confio que Deus me terá perdoado. Foi um benefício incalculável pelo qual vos dou graças, meu glorioso Santo. Continuai a proteger-me para que doravante não cometa mais nenhuma falta. Dai-me força para quebrar os maus costumes, firmeza para apartar-me das ocasiões, e eficácia a meus propósitos para não tornar a cometer os pecados de que já me arrependi e propus a emenda. Não me neguei agora a vossa proteção, porque se me deixardes abandonado a mim mesmo eu sem dúvida cairei, e então seria pior a recaída. Mas não acontecerá, senão que auxiliado por Vós, e sobre tudo com a graça de Jesus Cristo, espero que esta confissão há de ser princípio de nossa vida e esperança da eterna felicidade. Amém.  Antes de sair da Igreja cumpra-se, se for possível, a penitência imposta.



Fonte: www.aleteia.org


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